segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Sensibilidade Anarquista



Os traços refinados quase sempre involuntários, com rara exceção dava intenção aristocrática a seus atos . A mente sempre deslocada do seu tempo. A inconformidade a força motriz a lhe lançar sempre a frente. Por traz daquele perfil cordato, existia mais uma alma inquieta, daquelas que querem sorver do mundo tudo o que for possível num só gole.  Julga-se  incompreendida, mas este é um segredo que não faz a mínima diferença para uma alma absolutamente espontânea. De coração livre ,não tinha fronteiras , não tinha amarras, não era fiel, era leal . Seus sonhos, suas metas seguiam o ritmo cadenciado de suas vontades. Sua bússola seu coração , sua rota um porto nada seguro. A vida era assim, emanada por seus poros, fluente como o rio de suas idéias e emoções  . A vida  não lhe bastava, a vida não se explicava , era preciso a arte para rigorosamente dar sentido a todo o  caos que habitava seu peito e que diplomaticamente chamava de sensibilidade.

Para sempre Forrest


sábado, 25 de dezembro de 2010

Natal real ou Natal virtual?

Entre o gesto e a diferença basta uma atitude


Se fosse para utilizar uma linguagem dos profissionais  da informática, diria que Natal é tempo de nos reprogramarmos. De deletarmos do nosso HD todos os vírus ruins que de alguma forma nos impede de ver o outro , não virtualmente mas , humanamente.

Por traz de tantos dados lógicos, e dicotômicos que nos apontam quem é bom e quem é mau, é preferível que sejamos pelo menos neste período do ano um pouco ilógicos e possamos perceber que muito distantes de máquinas, somos humanos com erros e acertos, e ao contrario de computadores que programados para acertar, acertamos mais quando reconhecemos eternos aprendizes.

E preciso que em cada um de nós , a nossa memória seja menos tecnológica e mais sensorial, emocional e humanista pelo menos nesta época do ano. Que a nossa rede social seja de amigos, mas amigos que são verdadeiramente presentes, que preguem bons recados , que valorize a vitoria de cada um, e não corrompa arquivos memoráveis por atitudes não construtivas.

Bem , este é um natal virtual que só depende de você fazê-lo real.

E se por ventura acharmos que tudo isso não valha mais a pena, por não sermos tão perfeitamente ‘programáveis’, é bom saber que a nossa consciência não é como um chip em que possamos apagar tudo da memória, pois onde quer que vamos , levamos sempre um pouco de uma estrela que insiste em brilhar na tela do nosso coração , e este brilho tem força e verdade , indo muito mais além do peso da tecla delete.



Feliz Natal a todos. Saúde e Paz.

Para sempre Forrest

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A pérola nos olhos do tempo

A jovem de olhos de pérola, não espera o tempo. A cadencia do Deus Cronos é puro descompasso quando o assunto é viver. Uma sede de sorver a vida num só gole, regurgitando logo em seguida histórias inesquecíveis cuja a fronteira entre a realidade e a fantasia simplesmente não existe.
 
A menina de olhos de pérola traz em sua retina o roteiro ideal para o desconhecido, pois viver para ela não é para os fracos.

Na bagagem , sagacidade, destemor e vontade de descobrir, já que a muito buscava desbravar outros mundos que não o seu interior.

Precisa sempre de chão firme para ganhar impulso e bater asas, contempla o espaço como sua gaiola infinita não restrita a sonhos nem anseios particulares.

A jovem de olhos de pérola , se arrisca sem pestanejar , pois assim como, Cronos devora ao seus, ela assim o faz com o tempo, consumindo cada milésimo de segundo por cada poro que se abre em seu corpo. Afinal o tempo não se mata , nem se perde ,

Para a garota de olhos de pérola a única previsão é deixar o tempo fluir .





Para sempre Forrest



Por que a felicidade infinita dura o tempo de uma ilusão