quarta-feira, 10 de setembro de 2008

SENTIR SAUDADES DÓI


Dói sentir saudades... É algo estranho pois e uma dor que você não quer que ela vá embora. Isto porque talvez ela seja o único registro ainda que dolorido de algo bom que ficou. Palavras, gestos, risos, olhares. Um filme que vai e vem sem obedecer necessariamente a uma seqüência lógica. A mente parece editar os melhores momentos, com direito a replay bastando apenas que fechemos os olhos. 

Não importa se o que se guarda seja mera ilusão, recontamos a história a partir da nossa perspectiva. E daí, vivenciamos tantas vezes que for necessária a nossa própria história.

A Saudade é nossa unicamente nossa. Os outros sentem falta, mas nunca saudade!

Saudade e a descrição mais próxima que uma língua já chegou deste sentimento estranho, mas absolutamente comum, mesmo ao mais complexo dos mortais.

Sentir saudade é querer rebobinar a fita das lembranças, mesmo sabendo que já não existe mais nada lá de físico e concreto.  Apenas ecos imagéticos da nossa mente daquilo que outrora semeado frutifica vez por outra, quando este tal sentimento belisca o peito até que a lagrima represada lave como um bálsamo essa dor tão abstrata que nos incomoda e nos faz estranhamente felizes. 

2 reflexões:

Ulisses Praxedes disse...

Não sei porque, mas este texto parece muito com uma pessoa que eu conheço! Valeu grande Riba! Vc sabe colocar em palavras (e diga-se de passagem, bonitas palavras) caracteristicas e momentos singulares.

una soñadora utópica disse...

fEmpiezan a aparecer películas sobre el franquismo. Una reciente y buena es Salvador (Puig Antic). Muy recomendable.

Nos seguimos leyendo.