Dói sentir saudades... É algo estranho pois e uma dor que você não quer que ela vá embora. Isto porque talvez ela seja o único registro ainda que dolorido de algo bom que ficou. Palavras, gestos, risos, olhares. Um filme que vai e vem sem obedecer necessariamente a uma seqüência lógica. A mente parece editar os melhores momentos, com direito a replay bastando apenas que fechemos os olhos.
Não importa se o que se guarda seja mera ilusão, recontamos a história a partir da nossa perspectiva. E daí, vivenciamos tantas vezes que for necessária a nossa própria história.
A Saudade é nossa unicamente nossa. Os outros sentem falta, mas nunca saudade!
Saudade e a descrição mais próxima que uma língua já chegou deste sentimento estranho, mas absolutamente comum, mesmo ao mais complexo dos mortais.
Sentir saudade é querer rebobinar a fita das lembranças, mesmo sabendo que já não existe mais nada lá de físico e concreto. Apenas ecos imagéticos da nossa mente daquilo que outrora semeado frutifica vez por outra, quando este tal sentimento belisca o peito até que a lagrima represada lave como um bálsamo essa dor tão abstrata que nos incomoda e nos faz estranhamente felizes.
2 reflexões:
Não sei porque, mas este texto parece muito com uma pessoa que eu conheço! Valeu grande Riba! Vc sabe colocar em palavras (e diga-se de passagem, bonitas palavras) caracteristicas e momentos singulares.
fEmpiezan a aparecer películas sobre el franquismo. Una reciente y buena es Salvador (Puig Antic). Muy recomendable.
Nos seguimos leyendo.
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