segunda-feira, 6 de outubro de 2008

O POETA


O poeta, não é o poeta, nele é que mora o Poeta. Um ser que hiberna e acorda roto de palavras que precisam ser paridas. Harmônicas, cortantes, fieis. O poeta na verdade é um outro ser, que de aparência comum, carrega um universo anti horário dentro de si. E se alimenta daquilo que o mundo esqueceu por debaixo do tapete da razão.O olhos do poeta tem a sua íris de costas para mundo, captando apenas aquilo que lhe for sensorial, digerindo apenas o que lhe for emocional.O poeta dá cores ao mundo, na voz e gestos de um ser sem contexto. Ritmando palavras lantejoulas, que soam borrão de imagens no cristalino de nossa mente.O poeta não pede passagem, esta sobre ela, pois o que fica e o seu regurgitar entre espasmos polifônicos, cadenciados no pulsar daquilo que superficialmente entendemos como “inspiração”.


Para sempre Forrest Riba

0 reflexões: